segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Nas profundezas do escuro


Foi assim que eu pensei que iria ser
Alegre e feliz, mas é triste
Me olho no espelho e choro muito
Vejo a realidade me dizendo coisas que não consigo entender
Parece que fiquei tempos trancado
Até nascer
Plantado em um jardim sozinho
A única flor
A única estrela do céu
Sei que não tenho tantos amigos
As vezes quero desistir de tudo
Pois tudo desistiu de mim
Fico no escuro do mundo pensando
Fugindo de meus medos
Correndo para me esconder de todos os fantasmas da vida
Seria tão bom não existir
E quando cai a noite acordo assustado
Conversando baixo comigo mesmo
Perguntando se as portas do inferno irão se abrir
Porque desejo a morte todos os dias

O lugar dos segredos


Coisas de todas as estações
Florescem cheias de vida
Um perfume suave doce como o vinho
Igual o sol e a lua é meu amor por você
As outras palavras foram esquecidas
Não importa o caminho a seguir

Afrodite você vive em mim
Um falso sonho que atormenta o vento
A deusa na noite sem fim

Lindas flores na coroa da rainha mãe
E um manto vermelho
A idas e vindas aqui no seu caminho
Poucas vezes vimos um ao outro
Pois você escolheu assim
Minhas palavras apertam meu coração triste
Dou-lhe de presente o céu e o nada

O que  tem que ser deve acontecer
A chuva não pode esperar mais
Por que o sol tem que brilhar algum dia
Afrodite todo meu ouro lhe entrego
Pois a lembrança pode durar
Mas a vida acaba
E o caminho do infinito espera novas almas

A esperança de um tolo


Poderia tentar ao menos uma vez
E se errar começo tudo de novo
Talvez o que eu busco seja bom
Mas deste modo alguém vai reconhecer
E destruir meu sonho ou pesadelo

Deve ser um mundo tão feliz
Onde vivem os pensadores
Onde vivem os sonhadores
Até que a morte os separe
Do tesouro mais precioso
Suas próprias palavras

É sábio todo tolo que tem esperança
Mas o que é preciso buscar para a felicidade
Não existe mundo perfeito
Somente erros que podem ser consertados
As lágrimas derramadas, são sinais de vontade
De desistir e se render
Todos os dias ruins são compensados com bons
Não direi não chore
Pois nem todas as lágrimas são ruins

O Cemitério dos Anjos


Na neblina um cemitério em silêncio
Entre meio as lápides um anjo repousa
Chorando por sua amada
A quem não pôde entregar seu coração
Noites e dias que não passam
Na mente da solidão
Apenas um fantasma no escuro
Trancado ali para sempre
Onde as almas passeiam
E sussurros no vento
As pétalas de rosa voam longe
Somente a luz das velas pode se ver
E quando o luar paira por entre a névoa
Um anjo tocando harpa se ouve

Eternamente uma lágrima cai
Condenado a viver assim
Uma história de terror
Esperando a morte chegar
E assim encontrar as terras imortais
E levar se das sombras

Seria o destino dos anjos
Seguir por estradas de espinhos
Dormir e não poder sonhar

Você sente que esta sendo observado
 Vira se e não vê nada
Apenas o vento esta ao seu lado
Não poder sentir vida
Só o vazio e o amargo do nada
Sentado ao lado do tumulo de quem ama
Esperando o sofrimento ter seu fim
Sussurrando palavras que gelam o seu sangue
Conversando com o vento
Ouvindo a triste voz que diz:

Quando eu morrer, quero morrer com você
Onde as sombras e o silêncio vivem para sempre