quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Alguma coisa

Vejo bichinhos estranhos
Vejo minha alma morrendo
Vejo as linhas todas tortas

As vezes minha cabeça dói
Eu não sei, acho que fico olhando demais para o sol
Amo a mim mesmo como ninguém amou
Sou pequeno e quase ninguém pode me ver
Nas estrelas ou escondido
Trancado no meu quarto escuro
Perdido no meu próprio inferno
Olhando para o nada

Fico tentando pescar algum peixe no aquário
Para ter com quem conversar
Sei que mais um idiota vai tropeçar
E vai cair do outro lado da rua
Mas isso não importa

Sou a própria chuva
Sou o perfume
Eu sou o vento
Mas continuo a ver bichinhos estranhos