Vejo bichinhos estranhos
Vejo minha alma morrendo
Vejo as linhas todas tortas
As vezes minha cabeça dói
Eu não sei, acho que fico olhando demais para o sol
Amo a mim mesmo como ninguém amou
Sou pequeno e quase ninguém pode me ver
Nas estrelas ou escondido
Trancado no meu quarto escuro
Perdido no meu próprio inferno
Olhando para o nada
Fico tentando pescar algum peixe no aquário
Para ter com quem conversar
Sei que mais um idiota vai tropeçar
E vai cair do outro lado da rua
Mas isso não importa
Sou a própria chuva
Sou o perfume
Eu sou o vento
Mas continuo a ver bichinhos estranhos